Se não acreditasse no Homem
E num futuro melhor,
Deixaria que o monstro de ferro me matasse
Num suicídio banal.
Se não acreditasse noutro Sol de outra Manhã
Dum outro Amor,
Já o Mar salgado, enorme,
Me teria levado a descansar…
Traz as tuas mãos, irmão,
Junta a tua dor à minha
Fome de viver sem algemas
E caminha.
Caminhemos…
António Cardoso
“Poemas de Circunstância (1949-1960)”
Sem comentários:
Enviar um comentário