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29 de novembro de 2010

Selecionados textos para a fase final do Prémio de Dramaturgia Luso-Brasileiro “António José da Silva”

Criado pelo Instituto Camões de Portugal e pela Funarte do Brasil, em parceria com a Direção Geral das Artes (DGA) e o Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII), o Prémio de Dramaturgia António José da Silva pretende «incentivar a escrita dramática em todos os seus géneros e o aparecimento de novos dramaturgos de língua portuguesa, reforçando as parcerias de desenvolvimento e cooperação cultural entre Portugal e o Brasil». Na primeira fase do concurso, os júris nacionais selecionaram sete textos, que irão ser apreciados na fase final e de entre o qual sairá o vencedor da edição de 2010.

O júri brasileiro, constituído por Irene Brietzke, Roberto Alvim, Antonio Gilberto Porto Ferreira e Luis Augusto da Veiga Pessoa Reis, selecionou quatro obras: Concílio da Destruição, de ‘Francisco Gomes da Silva’, Agro Negócio , de ‘Cesárea Tinajero’, Bagagem , de ‘Akahige’ e A Política como Vocação , de ‘Cláudio Silva’. No Brasil, foram submetidos a concurso 226 textos.

O júri português é composto por José Maria Vieira Mendes, vencedor da 1.ª edição do Prémio, pelo professor José Louro e pela professora universitária Anabela Mendes, escolheu três textos: Checoslováquia, de ‘Yvo Fragoso’, Muro, de ‘R. Mazar’, e Nero, Príncipe do Universo, de ‘Bracara Augusta’.

"Na edição de 2010 do Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da Silva, havendo para apreciação 30 obras dramáticas, o júri deliberou por unanimidade a escolha de apenas três candidatos, de entre quatro possíveis, para a fase seguinte de apreciação. Considerou o júri que nenhuma quarta candidatura preenchia os requisitos que foram considerados necessários para preencher a vaga num prémio que se quer de referência no panorama da dramaturgia de língua portuguesa", lê-se numa nota enviada pelo júri.

O Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia ‘António José da Silva’ tem o valor monetário de 15.000. O texto vencedor é editado em Portugal e no Brasil, com o apoio do Instituto Camões e da Funarte, e é levado à cena nos dois países, numa parceria estabelecida entre a Funarte, a DGA e o TNDMII.

O regulamento estabelece que os textos apurados na 1.ª fase são apreciados numa 2.ª fase por um júri comum aos dois países que determinará o vencedor. A reunião deste júri é presidida alternadamente por um brasileiro e por um português com direito a voto de qualidade (em caso de empate). A edição de 2010 é presidida pelo Brasil.

O vencedor da 4.ª edição do Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia ‘António José da Silva’ é divulgado no mês de dezembro.


Notícias Instituto Camões – Portugal, 18.11.2010

Nova Licenciatura em Literatura Portuguesa na Universidade Nacional Autónoma do México

Desde Agosto passado que uma nova licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas (Português) está a funcionar na Faculdade de Filosofia e Letras (FFyL) da Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM), fruto dos esforços deste estabelecimento de ensino, do Instituto Camões e de uma iniciativa de José Saramago, falecido a 18 de junho passado.

O escritor português foi entretanto alvo de uma homenagem a 22 de outubro na FFyL – onde existe desde 2004 uma cátedra com o seu nome –, durante a qual foi assinado um convénio entre o IC e a UNAM consagrando o apoio à nova licenciatura, a primeira exclusivamente na área do Português em toda a América Latina de língua espanhola.

A graduação criada resultou de uma sugestão de José Saramago, que, durante uma visita, convenceu o Reitor de então da UNAM da necessidade de criar a licenciatura agora em marcha.
Doze alunos foram selecionados entre 39 candidatos para frequentar a nova licenciatura, «pensando em apostar numa primeira geração que primasse mais pela qualidade do que pela quantidade», segundo declarou Maribel Paradinha, leitora do IC na UNAM.



Instituto Camões Número 158 • 17 de Novembro de 2010 • Suplemento do JL n.º 1047, ano XXX

22 de novembro de 2010

Canzon de Cuna

publicação original
18.08.2006
[url] http://angolaharia.blogspot.com/2006/08/canzon-de-cuna.html


Canzon de Cuna pra Rosalia Castro, morta

Érguete, miña amiga,
que xa cantan os galos do día!
Érguete, miña amada,
porque o vento muxe, como unha vaca!

Os arados van e vén
desde Santiago a Belén.
Desde Belén a Santiago
un anxo ven en un barco.
Un barco de prata fina
que trai a dor de Galicia.
Galicia deitada e queda
transida de tristes herbas.
Herbas que cobren teu leito
e a negra fonte dos teus cabelos.
Cabelos que van ao mar
onde as nubens teñen seu nido pombal.

Érguete, miña amiga,
que xa cantan os galos do día!
Érguete, miña amada,
porque o vento muxe, como unha vaca!


Federico García Lorca
“Seis Poemas Galegos”

Federico, 18 Agosto 1936

publicação original
18.08.2006
[url] http://angolaharia.blogspot.com/2006/08/federico-18-agosto-1936.html




Em 13 de Julho de 1936 o poeta foi de Madrid para Granada, para fugir ao ambiente de agitação que aí se vivia após diversos incidentes, entre os quais o assassínio do deputado José Calvo Sotelo, chefe dos monárquicos e das forças conservadoras que queriam derrubar a República.

Em 18 de Julho o general Franco fez pela rádio um apelo do Movimento Nacional contra o governo republicano. Nesse dia Sevilha caiu em poder do general Queipo de Llano, chefe da rebelião militar na Andaluzia, e em 20 de Julho Granada ficou dominada pelos nacionalistas, instaurando-se um clima de terror. Entre os presos, estava Manuel Fernández-Montesinos, marido de Concha, irmã de Federico, alcaide socialista de Granada.

Após diversos incidentes, que demonstraram que a situação era de grande perigo para a família García Lorca, em 9 de Agosto Federico foi refugiar-se em casa do poeta Luis Rosales, pois dois irmãos deste eram membros importantes da Falange de Granada, pelo que ele supunha que aí estaria protegido.

Na madrugada de 16 de Agosto, Manuel Fernández-Montesinos foi fuzilado no cemitério de Granada com mais vinte e nove republicanos.

Ao sabê-lo, García Lorca sentiu o desgosto de sua irmã e ficou ainda mais preocupado com a sua própria vida. Além disto, o poeta já fora procurado em sua casa pelas autoridades nacionalistas que impunham o terror em Granada. Segundo Ian Gibson, na sua imprescindível biografia, Concha, a irmã do poeta, perante a ameaça das autoridades de prender o pai ou executá-lo de imediato, revelou o lugar onde Federico se escondera, supondo-o defendido por estar em casa da família Rosales.

Federico foi preso pelos franquistas na tarde de 16 de Agosto e fuzilado na madrugada de 18 seguinte, num campo dos arredores de Granada. O seu corpo nunca foi encontrado.

José Bento in
Federico García Lorca, Antologia Poética. Relógio d'Água, Lisboa, 1993.


Bibliografia de Federico Garcia Lorca (1898-1936)

PoesiaLibro de Poemas, 1921
Primeras Canciones, 1922
Canciones, 1921-1924
Oda a Salvador Dalí, 1926
Romancero Gitano, 1924-1927
Poeta en Nueva York, 1929-1930
Poema del Cante Jondo, 1931
Llanto per Ignacio Sanchez Mejias, 1935
Seis Poemas Galegos, 1935
Sonetos del amor oscuro, 1936
Divan del Tamarit, 1936

Prosa
Impresiones y Paisajes, 1918


Teatro
El maleficio de la mariposa, 1920
Tragicomedia de don Cristóbal, 1921
Mariana Pineda, 1927
Retablillo de Don Cristóbal, 1928
La zapatera prodigiosa, 1930
El público, 1930
Así que pasen cinco años, 1930
Amor de don Perlimplín con Belisa en su jardín, 1933
Bodas de sangre, 1933
Yerma, 1934
Doña Rosita la soltera o el lenguaje de las flores, 1935
La casa de Bernarda Alba, 1936
Comedia sin título (inacabada), 1936

Baladilla de los tres rios

publicação original
18.08.2006
[url] http://angolaharia.blogspot.com/2006/08/baladilla-de-los-tres-ros.html


A Salvador Quintero


El río Guadalquivir
va entre naranjos y olivos.
Los dos ríos de Granada
bajan de la nieve al trigo.

Ay, amor
que se fue y no vino!

El río Guadalquivir
tiene las barbas granates.
Los dos ríos de Granada,
uno llanto y otro sangre.

Ay, amor
que se fue por el aire!

Para los barcos de vela,
Sevilla tiene un camino;
por el agua de Granada
sólo reman los suspiros.

Ay, amor
que se fue y no vino!

Guadalquivir, alta torre
y viento en los naranjales.
Dauro y Genil, torrecillas
muertas sobre los estanques.

Ay, amor
que se fue por el aire!

Quién dirá que el agua lleva
un fuego fatuo de gritos!

Ay, amor
que se fue y no vino!

Lleva azahar, lleva olivas,
Andalucía, a tus mares.

Ay, amor
que se fue por el aire.


Pequena balada dos três rios

A Salvador Quintero


O rio Guadalquivir vai entre
laranjeiras e oliveiras.
Os dois rios de Granada
descem da neve prò trigo.

Ai, amor
que partiu e não veio!

O rio Guadalquivir
tem as barbas escarlates.
Os dois rios de Granada,
um lágrimas e outro sangue.

Ai, amor
que partiu pelo ar!

Para os barcos à vela,
Sevilha tem um caminho;
pela água de Granada
remam somente os suspiros.

Ai, amor
que partiu e não veio!

Guadalquivir, alta torre
e vento nos laranjais.
Dauro e Genil, torrezinhas
que estão mortas sobre os tanques.

Ai, amor
que partiu pelo ar!

Quem dirá que a água leva
um fogo-fátuo de gritos!

Ai, amor
que partiu e não veio!

E flor de laranja e azeitonas,
Andaluzia, a teus mares.

Ai, amor
que partiu pelo ar!


Federico García Lorca“Poema del Cante Jondo”

tradução de José Bento in
Federico García Lorca, Antologia Poética. Relógio d'Água, Lisboa, 1993.

António Cardoso deixou-nos

publicação original
29-06-2006
[url] http://angolaharia.blogspot.com/2006/06/antnio-cardoso-deixou-nos.html





O escritor e nacionalista angolano António Cardoso morreu domingo último, 25, em Lisboa, vítima de cancro na próstata, informou uma fonte familiar.

O secretário-geral da União dos Escritores Angolanos (UEA), Adriano Botelho de Vasconcelos, ao reagir ao infausto acontecimento, disse que António Cardoso, poeta revolucionário, foi uma das grandes figuras da criação da literatura angolana.

Fez saber que o funeral, ainda sem data marcada, deverá realizar-se nos próximos dias em Luanda, atendendo a um pedido expresso pelo malogrado escritor.

O nome de António Cardoso está ligado ao movimento de intelectuais que, antes e após a independência de Angola, teve importante papel, tanto na literatura como na política.

Enquanto escritor, notava-se claramente que levava um estilo de vida bastante reservado. Apesar disso, há mais de 10 anos não escrevia livro novo. Uma das suas obras, “Poemas de Circunstância” foi reeditada em 2004, como forma de levar o escritor à sua própria lavra literária.

A maior parte dos seus livros, pelo menos até 1980, teve como tema principal a época colonial. Preso três vezes pela PIDE, sabe-se que António Cardoso conservou os seus manuscritos e conseguiu publicá-los.

Como todos os intelectuais da sua época, António Cardoso esteve ligado ao movimento revolucionário que lutou pela independência de Angola do jugo colonial. Esta sua ligação à política, mais propriamente a militância activa no MPLA, é visível num livro que lançou em 1979 intitulado "O Panfleto".

Angop, 27.06.2006

Dia Mundial da Criança

publicação original
1.06.2006
[url] http://angolaharia.blogspot.com/2006/06/dia-mundial-da-criana.html



pió


( nos musseques, 1979 )




candengues ‘tão brincar
de jogar à bilha.
dedos e palmos de mão
peritos na manobra
de fimbar o carolo
na cova baliza.

ao lado, no chão
barrento do musseque,
as armas de pau,
xifuta bélica
com bala real
num jogo de morte.

o jovem soldado
de precoce velhice
sem memória d’infância,
ri nas broncas de maka
e algazarra
de ganhar o ponto perdido,

nunca viu brinquedo,
não pôde brincar
jogos de bilha
ou trumunos de bola:
na mata, o jogo
era de vida ou de morte.

com de-repente
no rosto lh’escorre
um colar de missangas
líquidas, desaguando
na comissura dos lábios,

sabor de sangue,

exangue.



admário costa lindo“o bico-de-lacre e o tarrote”


comentários:
Ju disse...
Que lindo, Admário!
2/6/06 10:18 PM

Prémio Camões 2006

publicação original
20.05.2006
[url] http://angolaharia.blogspot.com/2006/05/prmio-cames-2006.html



19.05.2006 O Prémio Camões, o mais importante galardão literário de língua portuguesa, foi este ano atribuído ao escritor angolano Luandino Vieira. O júri, constituído por Agustina Bessa-Luís (Portugal), o único voto contra, Francisco Noa (Moçambique), Ivan Junqueira (Brasil), Paula Morão (Portugal), José Eduardo Agualusa (Angola) e Evanildo Bechara (Brasil), justificou a sua escolha com a "enorme qualidade literária que se distingue pelo trabalho de recriação da língua portuguesa" feito por Luandino.

24.05.2006 Luandino Vieira rejeita Prémio Camões 2006 por "razões pessoais, íntimas".
Leiam no Publico.pt o chorrilho de baboseiras lançadas nos comentários à notícia.
E há comentadores tão corajosos que se escondem sob o manto poltrão do anonimato. Aí valentões mentecaptos!


comentários:

paterhu disse...
Apesar do Luandino nao estar a escrever, o que e uma pena, acho merecidissimo o premio e sinto-me orgulhoso, por ele para alem de portugues ser tb angolano.
Outro assunto: como nao sei como contacta-lo sirvo-me deste meio.
Agradecia que me contactasse,para
m.tendinha@ebonet.net
pois acho que devera ter alguma informacao relativa a viagem dos meus bisavos para Angola.
Muito obrigado pela atencao e dsculpe o atrevimento.
Mario Tendinha
22/5/06 5:12 PM

Dia Mundial da Poesia

publicação original
21.03.2006
[url] http://angolaharia.blogspot.com/2006/03/dia-mundial-da-poesia.html




Hoje, início da Primavera, é o dia mundialmente dedicado à Poesia.
Um belo poema calha bem em qualquer lugar.


O Sol da minha terra
o seu tamanho
Entra em todos os olhos
mesmo nas fundas cacimbas sem futuro
É a única oferta.

O sol da minha terra
o seu calor
Arde em todos os peitos
aquele fogo lento das masuíka
É o único alimento.

O sol da minha terra
a sua luz
Acende em todas as coisas
o convite das cores de céu-folhas museke
É a única pureza.

O sol da minha terra
às vezes é também
um relâmpago do meio-dia
E queima a sombra dos homens.

O sol da minha terra!

O sol da minha terra!


Arnaldo Santos
Poema II de Poemas ao Sol“Poemas no Tempo”

7º Correntes d'Escritas

publicação original
2.03.2006
[url] http://angolaharia.blogspot.com/2006/03/7-correntes-descritas.html




Teve lugar na Póvoa de Varzim, de 15 a 18 de Fevereiro, a 7ª edição de Correntes de Escritas – Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, que “terá sido, se não erro, a que em geral teve maior repercussão mediática e a mais participada ao nível de público. Trata-se apenas, aliás, da confirmação de uma tendência constante naqueles dois sentidos. Ou seja: cada ano que passa os media nacionais (e um ou outro de língua castelhana ou galega) estão mais atentos ao Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, em boa hora criado pela Câmara da Póvoa…” (1)
Participaram nesta edição 53 escritores de 11 países:

de Angola: João Melo e o “eterno acorrentado”, Manuel Rui Monteiro;

da Argentina: Carlos Maria Dominguez;

do Brasil: Adriana Lisboa, António Cícero, Ivan Junqueira, João Pães Loureiro e Luiz Ruffato;

do Chile: Carmen Yañez e Luís Sepúlveda;

de Cuba: Karla Suárez;

de Espanha: Carlos Quiroga (Galiza), Enrique de Hériz (Catalunha), Fernando Echevarría, José Manuel Fajardo, Juan Manuel de Prada, Marcos Giralt Torrente, Ramiro Fonte e Xavier Queipo (Galiza);

da Guiné-Bissau: Waldir Araújo;

do México: Eduardo António Parra;

de Moçambique: Guita Júnior;

do Peru: Santiago Roncagliolo;

de Portugal: Ana Luísa Amaral, António Guerreiro, Aurelino Costa, Daniel Jonas, Eduardo Prado Coelho, Fernando José Rodrigues, Fernando Pinto do Amaral, Ivo Machado, João Pedro Messeder, Jorge Reis-Sá, José Carlos de Vasconcelos, José Maria Rodrigues da Silva, José Rui Teixeira, Luís Naves, Manuel Alberto Valente, Manuel Jorge Marmelo, Maria Manuel Viana, Maria Teresa Horta, Mário de Carvalho, Onésimo T. Almeida, Patrícia Reis, Pedro Eiras, Pedro Mexia, Pedro Sena-Lino, Ricardo Adolfo, Rodrigo Guedes de Carvalho, Rui Vieira, Rui Zink, Sérgio Luís de Carvalho e Vergílio Alberto Vieira.


«A Sombra do Vento”, do escritor espanhol Carlos Ruiz Zafón, foi a obra vencedora da
terceira edição do prémio literário Correntes d´Escritas/ Casino da Póvoa, que tem um valor monetário de dez mil euros. Este ano havia 164 obras a concurso, de onde o júri, composto por Fátima Marinho, Lídia Jorge (vencedora da primeira edição do prémio, em 2004, com “O Vento assobiando nas Gruas”), Maria Lúcia Lepecki, Patrícia Reis e Pedro Sena-Lino, escolheu o vencedor. O júri justificou a escolha desta obra pela “imaginação prodigiosa, em termos de construção simbólica e narrativa; pelo poder descritivo e alegórico; pela condensação de um imaginário de vários mitos fundadores ocidentais”. No próximo ano, o prémio será decidido entre obras em poesia.
Quanto ao prémio literário Correntes d´Escritas/ Papelaria Locus, para jovens entre os 15 e os 19 anos, foi, desta vez, conquistado por Saulo Dourado, do Brasil, com o conto “Fuga ao Tema”.
Os vencedores de ambos os prémios foram anunciados na sessão de abertura do encontro, em que esteve presente a Ministra da Cultura.
Afirmando que vem a este encontro porque sente um grande apreço pessoal pela iniciativa, Isabel Pires de Lima salientou que é de louvar “um encontro que decorre de um investimento autárquico na cultura, à margem de qualquer apoio do poder central”. A Ministra sublinhou ainda a visão da autarquia ao investir num evento cultural, o que, no seu entender, revela “o entendimento da cultura como investimento e não como despesa”
O Correntes d´Escritas girou, este ano, em torno de nove temas, abordados por mais de
meia centena de escritores vindos de 11 países diferentes.
O teatro e o cinema, desta vez com um filme baseado no livro “Um Rio chamado Tempo”, do escritor moçambicano Mia Couto, e um documentário sobre Agostinho da Silva, constituíram o programa de iniciativas paralelas desta sétima edição do Correntes d´Escritas.» (2)

admário costa lindo
_____________________

(1) José Carlos de Vasconcelos, As Correntes continuam!, “O Comércio da Póvoa de Varzim”, 23.02.2006

(2) Folha Municipal da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Número 112, Fevereiro.2006.


comentários:

Nair disse...
Bem-Aventurada seja a Póvoa de Varzim por acolher esta iniciativa que, gradualmente, se vai tornando um acontecimento marcante no universo da literatura. e não só da escrita de expressão ibérica. Sortudos aqueles que deste evento podem desfrutar.
3/3/06 11:24 PM