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14 de janeiro de 2011

valter hugo mãe prémio josé saramago

publicação original
31-10-2007
[url] http://angolaharia.blogspot.com/2007/10/valter-hugo-me-prmio-jos-saramago.html







“vejo a arte como caminho para o desconhecido. toda a arte, e não só a poesia, serve para revelar algo, para trazer ao de cima coisas que nunca vimos ou entendemos, como se estivéssemos a destapar segredos de deus”

valter hugo mãe é o vencedor do Prémio Literário José Saramago 2007 da Fundação Círculo de Leitores com a obra “o remorso de baltazar serapião”. neste livro editado pela Quidnovi em 2006 o autor desvenda a história de um tal Baltazar que “numa Idade Média brutal e miserável […] casa com a mulher dos seus sonhos e tal como o pai fizera antes com a mãe e com a vaca Sarga fêmeas irmanadas em condição e estatuto familiar leva muito a sério a administração da sua educação. mas o senhor feudal pondo os olhos sobre a jovem esposa não desiste de exercer sobre ela os seus direitos. entregue aos desmandos do poder e do destino Baltazar será forçado a seguir por caminhos que o levarão ao encontro da bruxaria, da possessão e do remorso.”

“gosto de me reposicionar, que é reposicionar o sujeito poético e fazer dele uma personagem sempre nova, convicto de coisas outras, para me mostrar esse espaço desconhecido que procuro. vejo as coisas como errantes, coisas que vão e voltam, ou mesmo que se perdem por mil razões”

nasceu em Saurimo (Henrique de Carvalho) Angola a 25 de Setembro de 1971 vive em Vila do Conde e é autor de

silencioso corpo de fuga, 1996
o sol pôs-se calmo sem me acordar, 1997
entorno a casa sobre a cabeça, 1999
egon schielle auto-retrato de dupla encarnação, Prémio Almeida Garrett, 1999
estou escondido na cor amarga do fim da tarde, 2000
três minutos antes de a maré encher, 2000
a cobrição das filhas, 2001
útero, 2003
o resto da minha alegria seguido de a remoção das almas, 2003
o nosso reino , 2004
livro de maldições, 2006
o remorso de baltazar serapião, 2006
pornografia erudita, 2007

“o real está-me nos pés, a cabeça deixo-a largar. não tem como voltar ou sair, tudo o que existe, ou parece que existe, estabelece um compromisso entre a realidade e a ficção num sentido claro de que todas as coisas são dotadas de um pedaço de cada”

nota
as citações são extractos de uma entrevista a valter hugo mãe conduzida por Jorge Melícias em outubro de 2003

admário costa lindo

ps
aqueles que acham que o meu “bico-de-lacre e o tarrote” está carregado de desconchavos gramaticais devem ler o valter hugo mãe


comentário:
at 1/11/07 12:28 PM, Ju disse...
Vou ler. Por coincidência, comprei há um mês, só por ele ser de Angola, "O nosso reino".
E não acho que o teu "Bico de lacre..." seja desconchavado, gramaticalmente ou não

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