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22 de novembro de 2010

António Cardoso deixou-nos

publicação original
29-06-2006
[url] http://angolaharia.blogspot.com/2006/06/antnio-cardoso-deixou-nos.html





O escritor e nacionalista angolano António Cardoso morreu domingo último, 25, em Lisboa, vítima de cancro na próstata, informou uma fonte familiar.

O secretário-geral da União dos Escritores Angolanos (UEA), Adriano Botelho de Vasconcelos, ao reagir ao infausto acontecimento, disse que António Cardoso, poeta revolucionário, foi uma das grandes figuras da criação da literatura angolana.

Fez saber que o funeral, ainda sem data marcada, deverá realizar-se nos próximos dias em Luanda, atendendo a um pedido expresso pelo malogrado escritor.

O nome de António Cardoso está ligado ao movimento de intelectuais que, antes e após a independência de Angola, teve importante papel, tanto na literatura como na política.

Enquanto escritor, notava-se claramente que levava um estilo de vida bastante reservado. Apesar disso, há mais de 10 anos não escrevia livro novo. Uma das suas obras, “Poemas de Circunstância” foi reeditada em 2004, como forma de levar o escritor à sua própria lavra literária.

A maior parte dos seus livros, pelo menos até 1980, teve como tema principal a época colonial. Preso três vezes pela PIDE, sabe-se que António Cardoso conservou os seus manuscritos e conseguiu publicá-los.

Como todos os intelectuais da sua época, António Cardoso esteve ligado ao movimento revolucionário que lutou pela independência de Angola do jugo colonial. Esta sua ligação à política, mais propriamente a militância activa no MPLA, é visível num livro que lançou em 1979 intitulado "O Panfleto".

Angop, 27.06.2006

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