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30 de junho de 2006

Poema I

Amanhã
Quando eu morrer,
Eu quero ser enterrado
Virado para oriente
De pé, braços cruzados,
À espera que nasça o Sol;

Quer seja enterro falado
(Um enterro burguês a valer),
Quer seja de pobre-diabo
Eu quero ficar assim:
De pé, braços cruzados,
À espera que nasça o Sol!


António Cardoso
"Poemas de Circunstância (1949-1960)"

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