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14 de janeiro de 2011

Adriano Mixinge estreia-se como romancista

publicação original
22.09.2006
[url] http://angolaharia.blogspot.com/2006/09/adriano-mixinge-estreia-se-como.html


foto Angop

O crítico de arte angolano Adriano Mixinge estreou-se no Palácio dos Congressos, em Luanda, com o lançamento do seu primeiro romance denominado "Tanda", no âmbito do III Simpósio sobre Cultura Nacional.

Tanda, um romance com 216 páginas e editada pela Chá de Caxinde, retrata, segundo Adriano Mixinge, uma jovem estudante angolana em Cuba, que ao regressar ao país não se consegue inserir no mercado de trabalho e passa a quitandeira.

"A Tanda, nome da obra e ao mesmo tempo da personagem, é provavelmente a primeira quitandeira culta da literatura angolana do século XXI, que pretende fazer abordagens de livros, filmes e da realidade angolana", referiu.

Com uma tiragem de mil exemplares e a venda ao preço de 800 kwanzas, a obra, acrescenta o autor, é uma observação crítica à sociedade angolana, olhar elevado com a nossa realidade, pois até há pouco tempo, muitos estudantes, vindos dos países socialistas, tinham dificuldades em entrar no mercado do trabalho.

"Estes factos e situações procurei-os tratar de forma metafórica e poética, porquanto sou crítico de arte e, como tal, eminentemente escritor", asseverou.

No prefácio da obra, a professora de literatura africanas de língua portuguesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Brasil), Carmen Tindó Secco, diz que o livro Tanda passa em revista cenas históricas do passado remoto e recente de Angola.

Carmen Secco refere que as cenas abordadas derivam, em primeiro lugar, da consequência da guerra civil do pós-independência, como a exploração infantil e, em segundo, de episódios, tal como o 4 de Fevereiro e a dominação do Reino do Congo.

Adriano Mixinge, doutorado em história de arte pela Universidade de Complutense de Madrid (Espanha), além da licenciatura em História de Arte pela Universidade de Havana (Cuba), é conselheiro cultural na Embaixada de Angola, em França.

É igualmente membro da Associação Internacional dos Críticos de Arte (AICA), do Conselho Científico do Ministério da Cultura e colaborador da delegação de Angola junto da Unesco.

Angop, 15.09.2006

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