publicação original
22.09.2006
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O livro de poesia intitulado "O sétimo caminho", do escritor angolano António Gonçalves foi apresentado recentemente, na cidade de Santiago, Cuba, pela professora de literatura Martha Cordiés Jackson.
Segundo uma nota da Embaixada de Angola em Cuba, a que a Angop teve acesso, Martha Cordiés refere que na obra destacam-se poemas que exaltam a celebração à vida e as metamorfoses por que passam todos os seres deste planeta.
De acordo com a apresentadora da obra, o poeta angolano é o primeiro autor e por sinal africano, a ser escolhido para inaugurar a colecção "Cunyaye" do Centro Cultural Africano Fernando Ortiz.
A obra foi editada pelo centro cultural africano "Fernando Ortiz" e as "Edições Cátedra".
"O sétimo caminho" encerra o denominado projecto "Metamorfoses da alma", que começou em 2004, com a publicação da obra "Transparências" e com "As vozes do caminho" em 2005.
O poeta espanhol, Xosé Lois Garcia descobre na obra de Gonçalves um vínculo entre a modernidade e a Angola da cultura ancestral.
Xosé Lois Garcia considera a presença, na obra de Gonçalves, de fontes originárias de um amplo mosaico das realidades culturais, sociais, económicas, míticas e antropológicas de "todas as Áfricas".
Para a adida de Imprensa da Embaixada de Angola em Cuba, Luísa Damião, a obra de António Gonçalves, além de ser um apelo às novas gerações para cultivarem o respeito e o amor ao próximo, também um incentivo à preservação dos ensinamentos dos antepassados, a conservação da cultura ancestral e dos legados daqueles que sonhavam com uma África una e indivisível.
"Os poemas de Gonçalves dão-nos uma visão lúcida do mundo que nos rodeia e deixa-nos várias interrogações que nos levam a uma profunda meditação sobre a importância do conhecimento, e da sabedoria africana", referiu Luisa Damião.
Constam das obras de António Gonçalves, em 1994 "Gemido de Pedra", 1995 "Versos Libertinos", 1996 "Adobes da terra Vermelha"; em 2000 uma antologia dos seus poemas mais sugestivos intitulada "Buscando o homem"; em 2003 publicou a sua primeira obra em prosa "Cenas que o musseque conhece"; em 2004 "Transparências" e em 2005 "A linguagem dos pássaros e dos sonhos e "As vozes do caminho".
A obra "O sétimo Caminho" foi também lançada em Luanda no quadro do III Simpósio sobre Cultura Nacional.
Em declarações à Angop, António Gonçalves adiantou que a obra, que faz parte de uma trilogia poética do projecto "Metamorfoses da Alma", retrata aspectos ligados as transformações da elevação espiritual do ser humano.
António Gonçalves, natural de Luanda, foi director de uma unidade hoteleira em Angola e secretário-geral da União dos Escritores Angolanos (UEA). Actualmente, é conselheiro cultural da República de Angola em Cuba.
Angop, 14-16.09.2006
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