11.02.2007
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O “Correntes d’Escritas – Encontro de Escritores de Expressão Ibérica” decorreu na Póvoa de Varzim, de 7 a 10 de Fevereiro corrente.
Nascido há oito anos de uma ideia persistente de Luís Diamantino, vereador do pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, talvez apenas ele imaginasse que o “Correntes” viria a tornar-se no maior Encontro de Escritores (e, cada vez mais, muito mais do que apenas escritores) em território português. Arrisco afirmar que, mais ano menos ano, este Encontro virá a tornar-se um caso muito sério na Literatura Mundial, nomeadamente no que respeita aos países de fala oficial em língua portuguesa e línguas espanholas. E será que vai ficar-se por aí? A Câmara da Póvoa e o Casino que se prepararem!
O Encontro de 2007, sob o lema “Letras e Cumplicidades”, surgiu como homenagem a Lídia Jorge, vencedora do Prémio Literário Casino da Póvoa, em 2004, com a obra “O Vento Assobiando nas Gruas”.
“O Corrente d’Escritas tem uma espécie de coluna vertebral, que se mantém ao longo dos anos, mas com algumas novidades em cada edição com o objectivo de enriquecer este evento literário. Segundo os próprios Escritores o Correntes d’Escritas é um evento singular pela facilidade de contactos, afectos e ligações que se fazem com os leitores.” 1
Das Mesas de debate e outros eventos darei notícia em outros artigos. Aqui apenas quero deixar vincado o grande acolhimento que esta iniciativa tem vindo a merecer de Escritores, outros criadores culturais e público. Particularmente a adesão do público tem deixado muito boa gente de boca (entre)aberta. Mas este facto não tem nada de verdadeiramente especial, coisa que muitas das cabeças ditas pensantes deste país ainda não entenderam. A receita é simples: para bons entendedores lembro apenas, como inspiradamente afirmou Manuel Freire na 8ª Mesa, “as crianças não gostam de azeitonas porque nunca lhas deram a provar!”
Para o 8º Encontro foram acreditados participantes de 11 países:
Angola: Ana Paula Tavares e Manuel Rui.
Argentina: Elsa Osório e Lazaro Covadlo.
Bolívia: Amália Decker.
Brasil: António Cícero, Eucanãa Ferraz e Nélida Piñon.
Chile: Cármen Yañez e Luís Sepúlveda.
Cuba: Luís Rafael Hernández.
Espanha: Carlos Quiroga, Enrique Vila-Matas, Ignacio Martinez de Pisón, J.J. Armas Marcelo, José Manuel Fajardo, Perfecto Cuadrado e Ramiro Fonte.
México: Laura Esquivel.
Moçambique: Luís Carlos Patraquim e Roberto Chichorro.
Peru: Santiago Roncagliolo.
Portugal: Alberto Serra, Ana Benavente, Aurelino Costa, Eduardo Brum, Fernando Lopes, Fernando Pinto do Amaral, Helder Macedo, Hélia Correia, Inês Pedrosa, Ivo Machado, Jacinto Lucas Pires, Jaime Rocha, João Gobern, João Luís Barreto Guimarães, José Carlos de Vasconcelos, José Rodrigues, José Leitão, Lídia Jorge, Luís Adriano Carlos, Manuel Freire, Manuel Jorge Marmelo, Marco Martins, Margarida Cardoso, Maria do Céu Guerra, Maria Manuel Viana, Nuno Galopim, Nuno Rebocho, Onésimo Teotónio de Almeida, Pedro Eiras, Rui Zink, Sérgio Godinho, Sofia Marrecas Ferreira, Vergílio Alberto Vieira e Vitorino.
1
Luís Diamantino, durante a Sessão de Abertura.
admário costa lindo
Prémio Casino daPóvoa
Prémio Correntes d'Escritas/Papelaria Locus
Revista nº 6
Debates
"Correntes" em Lisboa
Palavras com açúcar
comentários:
at 13/2/07 3:11 PM, Ju disse...
Obrigada, Admário, por esta "reportagem" sobre as "Correntes...", gostei muito, li tudo. Talvez vá, amanhã, assistir à última discussão, em Lisboa
at 13/2/07 6:43 PM, Admário Costa Lindo disse...
Ju, Podes crer que, caso consigas assistir, nem que seja a uma só Mesa, não vais dar o tempo por mal empregue. Temos muita falta, em Portugal, de ouvir e sentir aqueles que escrevem e fazem a Arte e a Escrita.
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